Há 105 anos, Maria, Mãe de Deus e Mãe dos homens, aparecia uma última vez na Cova da Iria, a três pastorinhos, Francisco, Jacinta e Lúcia. À volta dos pequeninos, uma multidão à chuva esperava por um milagre anunciado… e aconteceu! O sol bailou nos céus!
Mas Maria, antes da despedida, deixou palavras fundamentais às três crianças:
“Quero dizer que façam aqui uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dia.”
“Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido.
Duas frases que sintetizam a mensagem da Mãe de Jesus em Fátima: Oração e Penitência…rezar, arrepender-se, converter-se, fazer o que Deus quer…ama-lo!
Assim, Maria, a Senhora do Rosário, convida a humanidade, por meio daqueles três pastorinhos, a voltar-se toda para Deus, na intimidade da relação com o seu Senhor e no cumprimento da sua vontade.
“Rezar todos os dias” é viver uma relação de amor com Deus.
“Não ofender a Deus Nosso Senhor” é fazer o que Ele quer de nós por amor.
Maria, a humilde serva do Senhor, é assim o instrumento de comunhão amorosa entre Deus e os homens.
Toda relativa a Deus, ela vive só d’Ele e para Ele.
Por isso, em 1917, preocupada com o mundo que se afastava d’Aquele por Quem ela vive, Deus, ela agiu! Ela foi ter com os homens… foi mensageira da necessidade de voltar-se para Deus, de ama-lo na oração e no cumprimento da sua vontade.
Graças Te dou, Senhor, por Maria, Mãe atenta às necessidades dos homens! Graças te dou, Maria, Senhora do Rosário, por mostrares aos homens a necessidade de Deus e do seu amor nas suas vidas!
O Santo Rosário
Mistérios Gozosos
1. Anunciação do Arcanjo São Gabriel a Nossa Senhora.
2. Visita de Nossa Senhora a sua prima Isabel.
3. Nascimento de Jesus na pobre gruta de Belém.
4. Apresentação do Menino Jesus no templo entre os doutores.
5. A perda e o encontro de Jesus no templo.
Mistérios Dolorosos
1. Agonia de Jesus no Horto das Oliveiras.
2. Flagelação de Jesus amarrado a uma coluna..
3. Coroação de espinhos em Nosso Senhor.
4. A subida dolorosa de Jesus ao Calvário.
5. Crucifixão e morte de Jesus, entre dois ladrões.
Mistérios Gloriosos
1. A Ressureição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
2. Ascenção admirável de Jesus Cristo ao céu.
3. A vinda do Divino Espírito Santo..
4. Gloriosa Assunção de Maria ao céu.
5. Coroação de Nossa Senhora pela Santíssima Trindade
Mistérios Luminosos
1. O Batismo de Jesus no Rio Jordão.
2. Auto-revelação de Jesus nas Bodas de Cana.
3. Jesus Anuncia o Reino de Deus.
4. A Transfiguração de Jesus.
5. A Instituição da Eucaristia.
Encerramento do Rosário
Sinal da Cruz
Pelo sinal+ da Santa Cruz, livrai-nos, Deus + Nosso Senhor, dos nossos + inimigos.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, Amém.
Oferecimento do Terço
Divino Jesus, nós Vos oferecemos este Terço que vamos rezar, contemplando os mistérios de vossa Redenção. Concedei-nos, pela intercessão de Maria, vossa Mãe Santíssima, a quem nos dirigimos, as virtudes necessárias para bem rezá-lo e a graça de ganhar as indulgências anexas a esta santa devoção.
Credo
Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra, e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos Céus, está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Católica; na comunhão dos Santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém.
Oração Recomendada (a ser intercalada entre as dezenas do Terço)
Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo, assim como era no princípio, agora e sempre e por todos os séculos dos séculos. Amém.
Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu, e socorrei principalmente as que mais precisarem.
Pai nosso
Pai Nosso que estais no Céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai as nossas ofensas assim como nos perdoamos a quem nos tem ofendido, mas livrai-nos do mal. Amém.
Ave Maria
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus, Santa Maria mãe de Deus rogai por nos pecadores agora e na hora de nossa morte Amem.
Agradecimento
Infinitas graças vos damos, Soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de vossas mãos liberais. Dignai-vos agora e para sempre tomar-nos debaixo de vosso poderoso amparo e para mais vos obrigar vos saudarmos com uma Save Rainha.
Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, vida doçura, esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degredados filhos de Eva; a vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa esses vossos olhos misericordiosos a nós volveis, e depois deste desterro, mostrai nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó Clemente, ó Piedosa, ó Doce, sempre Virgem Maria, rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo, Amem.
Primeira Aparição – 13 de maio de 1917
Nossa Senhora apareceu às crianças, em Fátima por seis meses consecutivos, no ano de 1917 – entre maio e outubro.
Transcrevemos aqui o relato da Irmã Lúcia sobre a Primeira Aparição
“ Treze de Maio”. Na foto: os três pastorinhos no local das aparições
Dia 13 de Maio (de) 1917 – Andando a brincar com a Jacinta e o Francisco, no cimo da encosta da Cova da Iria, a fazer uma mureta em volta duma moita, vimos, de repente, como que um relâmpago. – É melhor irmos embora para casa, – disse a meus primos – que está relampeando, pode vir trovoada.– Pois sim. E começamos a descer a encosta, tocando as ovelhas em direção à estrada. Ao chegar, mais ou menos no meio da encosta, quase junto duma Azinheira grande que aí havia, vimos outro relâmpago e, dados alguns passos mais adiante, vimos, sobre uma Carrasqueira, uma Senhora, vestida toda de branco, mais brilhante que o Sol, espargindo luz, mais clara e intensa que um copo de cristal, cheio d’água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente. Paramos surpreendidos pela aparição. Estávamos tão perto, que ficávamos dentro da luz que A cercava ou que Ela espargia, talvez a um metro e meio de distância, mais ou menos. Então Nossa Senhora disse-nos:
– Não tenhais medo. Eu não vos faço mal
De onde é Você? – lhe perguntei.
– Sou do Céu
– E que é que Você quer?
– Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13 a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez (13).
E eu também vou para o Céu?
– Sim, vais.
– E a Jacinta
– Também.
E o Francisco?
– Também, mas tem que rezar muitos terços.
Lembrei-me então de perguntar por duas moças que tinham morrido há pouco. Eram minhas amigas e estavam em minha casa para aprender a tecer com minha irmã mais velha.– A Maria das Neves já está no Céu?
– Sim, está.
Parece-me que devia ter uns 16 anos.– E a Amélia?
– Estará no purgatório até ao fim do mundo.
Parece-me que devia ter de 18 a 20 anos.
– Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?
– Sim, queremos.
– Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.
Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando- nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então, por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:
– Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.
Os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:
– Rezem o terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.
Em seguida, começou-Se a elevar serenamente, subindo em direção ao nascente, até desaparecer na imensidade da distância. A luz que A circundava ia como que abrindo um caminho no cerrado dos astros, motivo por que alguma vez dissemos que vimos abrir-se o Céu. Parece-me que já expus, no escrito sobre a Jacinta ou numa carta, que o medo que sentimos não foi propriamente de Nossa Senhora, mas sim da trovoada que supúnhamos lá vir; e dela, da trovoada, é que queríamos fugir. As aparições de Nossa Senhora não infundem medo ou temor, mas sim surpresa. Quando me perguntavam se tinha sentido e dizia que sim, referia-me ao medo que tinha tido dos relâmpagos e da trovoada que supunha vir próxima; e disto foi do que quisemos fugir, pois estávamos habituados a ver relâmpagos só quando trovejava. Os relâmpagos também não eram propriamente relâmpagos, mas sim o reflexo duma luz que se aproximava. Por vermos esta luz, é que dizíamos, às vezes, que víamos vir Nossa Senhora; mas, propriamente, Nossa Senhora só A distinguíamos nessa luz, quando já estava sobre a Azinheira. O não sabermos explicar e querer evitar perguntas foi que deu lugar a que umas vezes disséssemos que A víamos vir, outras que não. Quando dizíamos que sim, que a víamos vir, referíamo-nos a que víamos aproximar essa luz que, afinal, era Ela. E quando dizíamos que A não víamos vir, referíamos a que, propriamente Nossa Senhora, só A víamos quando já estava sobre a Azinheira.