Conhecendo Frank Duff – 7ª Part

A Legião de Maria começa a se expandir

Após cinco anos da fundação da Legião de Maria, o número de Praesidia subira para treze, todos eles ainda em Dublin. Em 1927, funda-se o primeiro grupo fora da capital, em outra cidade da Irlanda de nome Waterford. No ano seguinte, Frank vai a Escócia para lançar a Legião de Maria no país. Até essa época não havia nada escrito sobre as regras, o sistema ou o histórico da Legião de Maria para poder explicá-la e assim difundi-la.

Frank senta-se e escreve. Depois de um breve relato sobre as origens da Legião, seus objetivos e espiritualidade, apresenta as regras e costumes que se haviam criado espontaneamente desde sua fundação. Surgiu então um pequeno livro que recebeu o nome de “Manual da Legião de Maria”. Cumpre observar que sempre que se decide fundar uma organização ou associação, trata-se logo de se fazer e registrar os estatutos, que orientarão as atividades dos membros. No caso da Legião se deu o caminho inverso. A Legião trabalhou cerca de sete anos sem que as regras de sua atividade tivessem sido postas no papel. O Manual foi então uma espécie de fotografia do Movimento, ou seja o registro daquilo que durante vários anos se havia praticado.

Em 1929 funda-se um primeiro Praesidium na Inglaterra. Em 1930, uma legionária inglesa indo residir na Índia, consegue fundar um primeiro praesidium em Madrasta. Até então a Legião estava presente somente em países de língua inglesa. Em 1930 Frank Duff, com outro companheiro, vai a Paris e consegue a aprovação do Cardeal Verdier para a introdução da Legião na França. Isto acontecia exatamente no ano do Centenário da aparição, em Paris, de Nossa Senhora à Catarina Labouré, encarregando-a de mandar cunhar a medalha que ficou conhecida no mundo inteiro como “Medalha Milagrosa”. Nesse mesmo ano a Legião chega a América, sendo fundado um Praesidium formado só por homens na cidade de Raton, no Estado do Novo México (EUA). A partir daí um grande número de homens passa a filiar-se a Legião.

Atividades de Frank em Dublin

Ao mesmo tempo que a Legião de Maria iniciava sua expansão em outros países, Frank Duff e os legionários não se descuidavam em atender as necessidades de apostolado, na cidade de origem. Por essa época, Dublin desenvolvera-se e com isso cresceram também os problemas sociais e espirituais. Pelas ruas vagavam homens pedintes, alcoólicos, desempregados, sem esperança de reabilitação se não fossem ajudados. Logo Frank sentiu a necessidade de conseguir um lugar para abrigar esses marginalizados, como já o fizera com as prostitutas. Começou por escrever uma longa carta à Comissão de Assistência, órgão oficial existente em Dublin para cuidar desse tipo de problema, mostrando-lhes a necessidade de cuidar de tais pessoas, para que pudessem se reintegrar na sociedade. Fazia-se necessário oferecer uma residência, ou Lar para tais pessoas, como já fora feito para as profissionais do sexo, dando-lhes condições de reabilitação.

Depois de muitas buscas, descobrira no norte da cidade, um velho edifício, que com auxílio do governo e o trabalho de Frank e legionários, ficou em condições de abrir suas portas para receber os moradores de rua, isso em 25 de março de 1927. A casa recebeu o nome de “Estrela da Manhã”.

Houve o cuidado de que os pensionistas do “Estrela da Manhã” não fossem recebidos gratuitamente. Deveriam pagar uma pequena contribuição para a cama e mesa, e no caso de serem completamente indigentes, pagariam com seu trabalho na casa. O fato de saberem que estavam pagando sua subsistência os levava a desenvolver respeito por eles próprios. No mesmo dia da inauguração, entram dois pensionistas, os quais, após muitos anos, passam a viver dignamente, dormindo em cama limpa. Alguns membros da Legião se prontificaram para irem residir e dirigir o estabelecimento. No decorrer do tempo, centenas de homens passaram por aquela casa e conseguiram retornar a uma vida digna.

Três anos mais tarde, Frank e a Legião, abrem uma casa semelhante para abrigar mães solteiras e mulheres sem lar. Esta recebeu o nome de “Regina Coeli” (Rainha do Céu). Algumas Legionárias ofereceram-se para ali residir e dirigir a casa. Em ambas as casas foi reservada uma sala para capela, onde se faziam as orações e era celebrada a santa Missa. No edifício “Regina Coeli”, em três pequenos quartos, se estabeleceu a sede da Legião. Frank Duff alugou uma residência ao lado do “Regina Coeli” e para lá se mudou, com sua mãe e seus irmãos. A Legião ia conquistando novos países e Frank Duff acompanhava e orientava, por meio de cartas, o crescimento da Legião pelo mundo, com isso seu trabalho crescia de forma incomensurável.

Mais informações e fotos (site em inglês): http://themorningstarhostel.com/about/

No próximo capítulo vamos falar sobre a VISITA AO PAPA PIO XI.

Até a próxima viagem na vida de Frank Duff.

Fonte: “UM PIONEIRO DO APOSTOLADO LAICAL – FRANK DUFF E A LEGIÃO DE MARIA, HILDE FIRTEL – Compilado por Abigail Duarte.

Revisado pela Secretaria de Comunicação do Senatus Assumpta do Rio de Janeiro

#FrankDuff

Texto: Hélio Euclides

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