Allocutio – Boletim Concilium (Março/2016)

Boletim n° 1086

Hoje, Domingo de Ramos começamos a Celebração da Semana Santa, o Coração do Ano Litúrgico. Como sabemos, a Liturgia não é apenas um aprofundamento da nossa compreensão dos ideais e valores cristãos, consiste, especialmente, em penetrar na realidade de Cristo e seus Mistérios. É viver através do Centro da Trindade que foi revelada. Agradeço aos Missionários que me fizeram compreender que a Cruz é o centro do mundo, o coração da humanidade, o lugar onde a nossa estabilidade está ancorada. Na verdade, há apenas um ponto firme no mundo, para garantir o equilíbrio e a estabilidade do homem. Todo o resto se move, muda, é efêmero, é incerto. Apenas a Cruz significa que o mundo gira em torno dele. O Calvário é o ponto mais alto do mundo, a partir do qual, podemos ver tudo com novos olhos, os olhos da Fé, Amor e Martírio: os “Os Olhos de Cristo”. Finalmente, chegamos ao clímax da Semana Santa: a Vigília Pascal, quando celebramos a Ressurreição de Cristo. Se Cristo não tivesse Ressuscitado, então, tudo que nos chama atenção para a Semana Santa, seria mais do que inútil. Mas Cristo Ressuscitou, apesar de tudo, o que pode ser esmagadoramente verdadeiro, assim, a oração fundamental do Cristão é o Aleluia.

A Páscoa é sobretudo o Corpo Místico de Cristo. Na Ressurreição Cristo torna real a sua presença entre nós, está conosco, está em nós: ”Eu estou sempre contigo”. As limitações de tempo e espaço são irrelevantes para o Senhor Ressuscitado. Daí a sua presença íntima e viva em nós, que constitui o seu Corpo Místico. Esta Doutrina é fundamental para nossa espiritualidade na Legião. Permitam-me concluir com uma citação de Santo Agostinho no Ofício das Horas, da segunda–feira da Semana Santa: “Existe alguma coisa para que os corações dos fiéis, não possam se comprometer com a Graça de Deus? Não bastou que o Filho Único de Deus, co-eterno com o Pai, devesse nascer como homem, do homem para eles – Ele mesmo morreu por eles, na mão dos homens que Ele havia criado. Que Deus nos prometa para o futuro, coisa muito maior. Quando o Cristo morreu pelos ímpios, o que eram eles e onde estavam? Alguém pode duvidar que Ele dá aos santos a sua vida, se Ele lhes deu a morte uma vez? Os homens por fraqueza humana, custam a acreditar que um dia vão viver com Deus? Deus morreu por homens. Que Maria que esteve junto à Cruz, que participou tão intimamente de sua Morte e Ressurreição, nos permita estar abertos para a Grande Graça da Semana Santa. Reflexão do dia: é fácil esquecer o Espírito Santo? Podemos imaginar como ele é? Temos a imagem da pomba que está no alto do Vexillum. Maria nos é dada como Ícone humano do Espírito. Nela vemos o Espírito Santo, se como Ela dissermos “sim”. Conforme Maria considerou o Espírito Santo a Causa de Nossa Alegria, Ele pode fazer de todos nós, tanto Sacerdotes como Leigos, apóstolos humildes.

Por: Frei Bede McGregor (Diretor Espiritual do
15 de mar. de 2016

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